Falsificar Malangatana
Artista polivalente, o moçambicano Malangatana, falecido em Matosinhos com 74 anos, também deixou obra nos domínio da escultura, da música e do teatro. Agora a investigação da PJ permitiu apreender 35 obras falsificadas, detendo os falsários que não copiavam as obras mas se inspiravam no estilo de desenho e nas opções cromáticas.
Os falsificadores de arte utilizavam leilões “online” fixando preços elevados. O grupo de falsificadores de arte integrava um homem de 79 anos.
Confirma-se deste modo que o mundo das artes visuais alberga formas de falsificação e especulação que só a polícia e a lei
FOI UM DOS MAIS CRIATIVOS E PRODUTIVOS ARTISTAS AFRICANOS
podem detectar e combater com a eficácia desejada. Sabe-se que a família do artista tem colaborado no sentido de identificar as obras autênticas e as falsificadas. O universo “online” deve ser analisado com o rigor que a obra artística, os direitos da criação e o público exigem.
Malangatana, que passou pelos cárceres da ditadura e estudou com João Hogan e Querubim Lapa, foi um dos mais criativos e produtivos artistas africanos e criador de uma obra inconfundível que caiu nas mãos de falsificadores organizados.n