QUANDO OS POLÍTICOS SE ASSUMEM
REVELAÇÃO • Graça Fonseca ou Adolfo Mesquita Nunes já vieram a público revelar a sua orientação sexual
Em 2017, pela primeira vez em Portugal, uma governante assumiu ser homossexual. Foi a atual ministra da Cultura, Graça Fonseca, numa entrevista ao ‘DN’. Na altura, explicou a própria que o fazia como afirmação política mas não partidária. “Prezo muito a minha privacidade, a minha liberdade, a felicidade das pessoas que me são próximas e que não quero que sejam atingidas por algo que sou ou faço. Fi-lo porque acredito mesmo que fazê-lo pode ser importante para muitas pessoas e para ir mudando mentalidades”, declarou.
No início de 2018 foi Adolfo Mesquita Nunes, então vice-presidente do CDS-PP, que assumiu a sua orientação sexual. O político, recorde-se, foi confrontado comum cartaz seu numa rotunda na Covilhã, em plena campanha eleitoral, em que alguém tinha escrito “gay” por cima da sua imagem. “Pedi que não o substituíssem porque não era mentira”, disse ao ‘Expresso’. Já no final de 2020 foi a vez de André Moz Caldas, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, revelar que era casado com um homem. “Não faço disso especial alarde público, mas também não sinto que seja apenas um aspeto da minha vida pessoal. Espero que isso possa significar, para os jovens portugueses, que não estão condenados a um ostracismo”, disse numa entrevista à revista da Universidade de Lisboa.