Correio da Manhã Weekend

Lojas do Cidadão à beira da rutura

CASOS r Falta de senhas no Saldanha. Agressões na Fontes Pereira de Melo

- DIOGO TORGAL FERREIRA

Os serviços das Loja do Cidadão em Lisboa estão a operar nos limites. No espaço da Fontes Pereira de Melo, um segurança e um utente foram ontem agredidos por um cidadão que aguardava atendiment­o. No Saldanha, formou-se uma fila de utentes à porta e muitos nem chegaram a ser atendidos por falta de vagas.

O Sindicato dos Trabalhado­res dos Registos e do Notariado (STRN), que denunciou as agressões, referiu que os trabalhado­res que “se encontrava­m já física e emocionalm­ente esgotados estão agora em pânico e com muito medo”. Se nada fizer, o Governo passará a ser “o autor moral de qualquer agressão que seja efetuada aos trabalhado­res e/ou aos utentes destes serviços”, considerou a estrutura sindical, em comunicado.

Na loja do Mercado 31 de Janeiro, o CM confirmou ontem no local que, pelas 8h00 - uma hora antes da hora de abertura -, já havia serviços sem senhas disponívei­s. Para todo o dia de ontem, balcões como o do Cartão de Cidadão ou do Passaporte apenas disponibil­izavam dez senhas cada um, verificand­o-se ainda casos, como o do Registo Automóvel, que para todo o dia (o horário de funcioname­nto é das 9h00 às 19h00) só tinha um total de cinco senhas. A situação não destoa do que se está a verificar noutras zonas do País. Ao CM, o presidente do STRN, culpa o Governo e salienta “que não entra um único novo trabalhado­r há 20 anos”. Arménio Maximino lembra que os agendament­os impostos pela pandemia “vieram apenas mascarar as filas que já se viam em 2019”.n

BALCÃO DO CARTÃO DE CIDADÃO SÓ TINHA DISPONÍVEI­S 10 SENHAS

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1 Cenário ontem na loja do Mercado 31 de Janeiro, Saldanha 2 Poucas
1 1 Cenário ontem na loja do Mercado 31 de Janeiro, Saldanha 2 Poucas
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senhas disponívei­s 3 Balcões encerrados
3 senhas disponívei­s 3 Balcões encerrados

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