Lojas do Cidadão à beira da rutura
CASOS r Falta de senhas no Saldanha. Agressões na Fontes Pereira de Melo
Os serviços das Loja do Cidadão em Lisboa estão a operar nos limites. No espaço da Fontes Pereira de Melo, um segurança e um utente foram ontem agredidos por um cidadão que aguardava atendimento. No Saldanha, formou-se uma fila de utentes à porta e muitos nem chegaram a ser atendidos por falta de vagas.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), que denunciou as agressões, referiu que os trabalhadores que “se encontravam já física e emocionalmente esgotados estão agora em pânico e com muito medo”. Se nada fizer, o Governo passará a ser “o autor moral de qualquer agressão que seja efetuada aos trabalhadores e/ou aos utentes destes serviços”, considerou a estrutura sindical, em comunicado.
Na loja do Mercado 31 de Janeiro, o CM confirmou ontem no local que, pelas 8h00 - uma hora antes da hora de abertura -, já havia serviços sem senhas disponíveis. Para todo o dia de ontem, balcões como o do Cartão de Cidadão ou do Passaporte apenas disponibilizavam dez senhas cada um, verificando-se ainda casos, como o do Registo Automóvel, que para todo o dia (o horário de funcionamento é das 9h00 às 19h00) só tinha um total de cinco senhas. A situação não destoa do que se está a verificar noutras zonas do País. Ao CM, o presidente do STRN, culpa o Governo e salienta “que não entra um único novo trabalhador há 20 anos”. Arménio Maximino lembra que os agendamentos impostos pela pandemia “vieram apenas mascarar as filas que já se viam em 2019”.n
BALCÃO DO CARTÃO DE CIDADÃO SÓ TINHA DISPONÍVEIS 10 SENHAS