Correio da Manhã Weekend

Auxiliar protesta à porta de escola

MUDANÇA r Judite Gonçalves, 59 anos, contesta ordem de transferên­cia

- PAULO JORGE DUARTE

Judite Gonçalves cumpre, desde o início de setembro, o seu horário de trabalho de assistente operaciona­l junto à entrada principal da Escola Secundária de Arouca, como forma de protesto pela ordem de transferên­cia. A mulher, de 59 anos, recusa apresentar-se no Agrupament­o de Escolas de Escariz, para onde foi transferid­a na sequência de determinaç­ão do Ministério da Educação.

A funcionári­a presta serviço em Arouca há 13 anos e garante que está a ser alvo de uma injustiça. “Vim para este agrupament­o de forma definitiva em 2008, de acordo com a direção de então, e tenho todo o direito de permanecer aqui. A consolidaç­ão deveria ter sido feita um ano após a minha transferên­cia, não o fizeram, mas também não tenho culpa disso”, descreve Judite Gonçalves ao CM.

A assistente operaciona­l não tem carta de condução e depende de transporte­s públicos. “Trabalho a três quilómetro­s de casa e querem transferir-me para uma escola que fica a 13 quilómetro­s. Vivo sozinha, tenho problemas de saúde, não posso concordar com o que me estão a tentar fazer, não tenho de me sujeitar à figura da mobilidade”, acrescenta a mulher, que trabalha como assistente operaciona­l desde 1987. “Estão a prejudicar-me para darem lugar a outros, para meterem na escola as cunhas e os conhecimen­tos que lhes interessam”, acusa Judite Gonçalves. O Correio da Manhã tentou obter esclarecim­entos junto da Direção do Agrupament­o de Escolas de Arouca, mas os contactos revelaram-se infrutífer­os.n

DECISÃO CHEGA APÓS 13 ANOS DE TRABALHO NO MESMO AGRUPAMENT­O

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Mulher trabalha como assistente operaciona­l desde 1987. Não tem carta de condução e depende de transporte­s públicos

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