Ameaça a políticos reforça segurança
REUNIÕES r Ataque de grupo de negacionistas a Ferro Rodrigues e mulher levou a reuniões de urgência MEDIDAS r Políticos e figuras do combate à pandemia aconselhados a alterar rotinas
As forças de segurança estão a reforçar a vigilância e proteção às principais figuras do Estado, e às personalidades do combate à pandemia de Covid-19 no País, em sequência do ataque de militantes do movimento ‘Antivacinas’ ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e mulher, à saída de um restaurante de Lisboa. O número dois da hierarquia do País é um dos que deverá ter mais agentes do Corpo de Segurança Pessoal (CSP) da PSP a acompanhá-lo.
A imprevisibilidade dos ataques dos negacionistas, e sobretudo a dúvida sobre o emprego de violência, levou a uma reunião de urgência da direção da PSP no início desta semana.
Pouco depois, era o próprio Sistema de Segurança Interna (entidade na dependência do primeiro-ministro, que coordena as forças de segurança no País), a reunir-se. A primeira medida de avaliação, e posterior reforço, de presença de elementos do CSP foi tomada com o vice-almirante Gouveia e Melo. O oficial de Marinha, que sempre recusou vigilância policial, anda agora acompanhado com uma equipa de seguranças.
Segue-se a análise a outros políticos e técnicos de saúde com intervenções públicas e periódicas sobre medidas de combate à Covid-19. A ideia é que haja uma avaliação de risco, normalmente feita por operacionais dos Serviços de Informações e Segurança (SIS), à rotina dos mesmos. Nos casos em que não for decidido um reforço da presença do CSP, será feita uma avaliação de todas as deslocações públicas das mesmas entidades. A ideia é evitar que
TEMIDOS ATAQUES IMPREVISÍVEIS E VIOLENTOS A ENTIDADES
PSP DIZ ESTAR ATENTA A ESCALADA DE AMEAÇAS DOS NEGACIONISTAS
os negacionistas se apercebam das mesmas e assim conter o potencial de ameaça. Oficialmente, a PSP diz “estar atenta” à escalada de ameaças dos negacionistas.n