Greve às aulas em defesa do clima
INICIATIVA r Objetivo é recrutar ativistas para bloquear a refinaria de Sines
Alunos do Ensino Básico e Secundário iniciam, na segunda-feira, uma greve às aulas até 350 pessoas assinarem o compromisso ‘Vamos Juntas’, onde se lê “Comprometo-me a sair às ruas este outono para uma ação disruptiva de desobediência civil se ao meu lado estiverem presentes mais 350 pessoas comprometidas à ação”. A ação prevista pelos movimentos Greve Climática Estudantil e Climáximo tem data (18 de novembro) e consiste no bloqueio da refinaria de Sines. Vai ser, dizem os organizadores, uma “das maiores ações não violentas de desobediência civil por justiça climática alguma vez feita em Portugal”, que tem como principal objetivo exigir “o encerramento da refinaria e uma transição justa que garanta soluções para todos os trabalhadores afetados”. Os jovens criticam o Governo e lembram o encerramento da refinaria de Matosinhos, em plena pandemia, “desamparando milhares de famílias”.
Ainda segundo os jovens ambientalistas, esta será “a primeira mobilização nacional no contexto do Acordo de Glasgow, que surgiu como resposta do movimento global pela justiça climática” em reação ao “falhanço do Acordo de Paris, dos governos, das empresas e das instituições”.
Os organizadores avançam já para a semana com a greve às aulas. “Vamos à escola, mas ficaremos à porta. Podemos chumbar por faltas e assumimos esse risco. A sociedade tem de agir. Se não formos nós, não será ninguém”, dizem, lembrando que em setembro de 2019 mais de 19 mil pessoas marcharam em Portugal sob o grito “Não há Planeta B”.n
AÇÃO DE BLOQUEIO ESTÁ MARCADA PARA O DIA 18 DE NOVEMBRO