Correio da Manhã Weekend

Greve às aulas em defesa do clima

INICIATIVA r Objetivo é recrutar ativistas para bloquear a refinaria de Sines

- DIOGO TORGAL FERREIRA

Alunos do Ensino Básico e Secundário iniciam, na segunda-feira, uma greve às aulas até 350 pessoas assinarem o compromiss­o ‘Vamos Juntas’, onde se lê “Comprometo-me a sair às ruas este outono para uma ação disruptiva de desobediên­cia civil se ao meu lado estiverem presentes mais 350 pessoas comprometi­das à ação”. A ação prevista pelos movimentos Greve Climática Estudantil e Climáximo tem data (18 de novembro) e consiste no bloqueio da refinaria de Sines. Vai ser, dizem os organizado­res, uma “das maiores ações não violentas de desobediên­cia civil por justiça climática alguma vez feita em Portugal”, que tem como principal objetivo exigir “o encerramen­to da refinaria e uma transição justa que garanta soluções para todos os trabalhado­res afetados”. Os jovens criticam o Governo e lembram o encerramen­to da refinaria de Matosinhos, em plena pandemia, “desamparan­do milhares de famílias”.

Ainda segundo os jovens ambientali­stas, esta será “a primeira mobilizaçã­o nacional no contexto do Acordo de Glasgow, que surgiu como resposta do movimento global pela justiça climática” em reação ao “falhanço do Acordo de Paris, dos governos, das empresas e das instituiçõ­es”.

Os organizado­res avançam já para a semana com a greve às aulas. “Vamos à escola, mas ficaremos à porta. Podemos chumbar por faltas e assumimos esse risco. A sociedade tem de agir. Se não formos nós, não será ninguém”, dizem, lembrando que em setembro de 2019 mais de 19 mil pessoas marcharam em Portugal sob o grito “Não há Planeta B”.n

AÇÃO DE BLOQUEIO ESTÁ MARCADA PARA O DIA 18 DE NOVEMBRO

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Em maio passado ativistas do coletivo ambientali­sta Climáximo cortaram o trânsito na rotunda do Relógio, em Lisboa

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