Emoções que nos unem
Há emoções que nos unem e responsabilizam por sintetizarem valores fundamentais. Com um intervalo de horas todos recordámos Jorge Sampaio como um homem bom e um grande estadista que marcou a história da democracia portuguesa, também como combatente pela liberdade e cidadão humanista e sempre solidário.
Ao mesmo tempo, assinalámos a passagem dos 20 anos sobre o 11 de Setembro em que o terrorismo mais radical destruiu as Torres Gémeas em Nova York e matou quase três mil pessoas. A América está perigosamente dividida e esta comemoração, com Trump ausente e sempre agressivo e provocador, sublinhou a urgência de os americanos se
SAMPAIO DEIXOU-NOS
COMOVIDOS E SAUDOSOS POR TUDO
O QUE FEZ
unirem em torno da valores e princípios da democracia, mesmo de lágrimas nos olhos, recordando as vítimas e o fim de um tempo em que havia mais segurança e liberdade de movimentos nos aeroportos e na vida quotidiana. Estas duas emoções completam-se mantendo-nos vigilantes e lembrando que as guerras, as civis e as outras, também podem começar assim.
Sampaio deixou-nos comovidos e saudosos por tudo o que fez e foi e o 11 de Setembro proclamou a urgência da unidade nacional. Que o rasto destas emoções contribua para nos tornar melhores colectivamente.n