Uma cultura de clube ganhadora

Enquanto o Sporting era goleado sem espinhas em Alvalade, o Sp. Braga perdia em Belgrado e o Benfica era salvo pelo VAR em Kiev, eis que o FC Porto jogava olhos nos olhos em Madrid, perante um Atlético poderosíssimo e com um orçamento de outra galáxia. Sim, existem especificidades em todos os jogos, mais azar de uns, menos azar de outros, uma debacle enorme dos leões, mas a verdade é que os portistas são aqueles que menos desiludem na Europa. Não porque gastem mais do que os rivais, uma vez que nesse campeonato está bem atrás do Benfica, mas há aqui uma questão que não sendo genética, parece já fazer parte do ADN do clube.

Apreciemos o clássico do fim de semana anterior, em que o Sporting com as mesmas ausências (até mais),

OS PORTISTAS SÃO AQUELES QUE MENOS DESILUDEM NA EUROPA

empatou com o FC Porto mas foi superior. É claro que a prova não é a mesma e que o Ajax joga um futebol mais ofensivo e veloz do que os portistas, mas o que fica é que a dimensão das equipas de Rúben Amorim e Sérgio Conceição se equiparam internamente, mas na Europa há uma décalage brutal, que o resultado da ronda não explica cabalmente, mas deixa a questão. A história europeia das últimas décadas deixa o FC Porto numa posição confortável.

O mérito dos resultados recentes tem de ser atribuído a Sérgio Conceição, que em épocas de desinvestimento continua a fazer milagres. O que foi conseguido a época passada e o início desta são bons exemplos. Mas há aqui mais qualquer coisa. O sangue do Dragão é europeu.

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