Chuva atrasa vindimas no Dão
Avindima no Dão está atrasada e a culpa é da chuva, dizem os produtores. “Estamos a tentar arranjar as melhores datas para vindimar, pois a chuva atrasou todo o processo. Ainda assim, as uvas que têm chegado à adega dão-nos boas perspetivas e estamos confiantes que vamos continuar a produzir excelentes vinhos”, explica o enólogo Pedro Nuno Pereira, da Adega de Vila Nova de Tazem.
“Prevemos uma produção de vinho entre os 25 e os 30 milhões de litros”, avança Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regionaldo Dão.A confirmar-se, representa mais 20 por cento do que na colheita do ano passado.
Mas há um senão. “As uvas estão cheias de água e podem levar à podridão, nas castas mais sensíveis”, complementa Arlindo Cunha.
Por estes dias, o sol meigo de setembro voltou e a tesoura está outra vez a cortar cachos por toda a região. Na vinha de 3,5 hectares da adega de Tazem, no concelho de Gouveia, o CM encontrou cerca de vinte mulheres e homens, quase todos em idade avançada, a vindimar a casta Alfrocheiro, típica do Dão. “O trabalho é duro mas nós só sabemos trabalhar no campo. Foi assim toda a vida. Os novos não querem nada com isto, têm de ser os velhos”, diz Lurdes Gonçalves, de 61 anos. “Na semana passada ainda conseguimos vindimar a casta Jaen, agora é a vez do Alfrocheiro e para o início da semana será a vez da Touriga Nacional”, explicou o enólogo Pedro Nuno Pereira.n
EXCESSO DE CHUVA PODERÁ PROVOCAR PODRIDÃO NA UVA