Autarquias e cultura
Nos debates autárquicos com transmissão televisiva, os temas centrais têm sido, compreensivelmente, a habitação, os transportes, a importância das ciclovias e as formas de apoio social às populações, numa altura em que se combate a tendência para a crescente perda de população.
Uma área que tem estado gravemente ausente é a da cultura, sendo sabido que é das que mais contribuem para atrair novos habitantes e para dar trabalho a quem viveu sem ele durante quase dois anos. Não falo das dinâmicas de solidariedade, que conheço no essencial, mas sim da recuperação e criação de novos espaços e do apoio
A VIDA CULTURAL É ESSENCIAL, MAS DELA MUITO POUCO
SE TEM FALADO
criativo a eventos que sejam capazes de atrair e fixar públicos. O investimento no património edificado tem sido muito reduzido e o diálogo com a estrutura empresarial para viabilizar o mecenato encontra-se muito aquém do desejado.
Falar de cultura não é levar em conta a presença da animação artística nos programas televisivos concurseiros de manhãs e tardes. Aí podemos falar apenas de entretenimento, sabendo-se que o nível qualitativo é muito baixo e pouco exigente. A vida cultural é essencial para a comunidade, mas dela muito pouco se tem falado.n