“Este é um caso de psiquiatria”
PROFESSOR r Já tinha sido deslocado da Maia. Pais e sindicatos de acordo
Não é uma questão de ética, é uma questão de doença, de psiquiatria. Uma pessoa que não está bem e que tem de ser tratada.” Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), está de acordo com a suspensão do docente da Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, depois de o mesmo ter publicado vídeos a lavar-se num bidé ou a proferir frases de cariz sexual em frente ao espelho.
O professor em causa, de 63 anos e que lecionava Direito e Economia, enviou um protesto ao Ministério da Educação (ME), contestando “uma decisão sem fundamentos legais e sem se basear em factos verdadeiros, movida por falsos moralistas e ignorantes que não respeitam a igualdade e a liberdade de expressão, de diversão e de ensino das outras pessoas”. O ME sublinha que a suspensão preventiva, no âmbito do processo disciplinar, não é possível de recurso, a não ser através de eventual via judicial.
Alberto Santos, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), concorda com
Mário Nogueira no facto de que o professor carece de acompanhamento médico. “Ele não está bem e não tem culpa, mas os alunos também não a têm”, refere ao CM, dando conta de que o mesmo docente tinha sido já transferido da Maia para a Póvoa de Varzim após processos disciplinares não relacionados com os vídeos alojados no YouTube.
O professor garante que nada fez de ilegal e incorreto e que se confunde a vida “pessoal, teatral, musical e cénica” com a vertente profissional.
DOCENTE ENVIOU CARTA AO MINISTÉRIO E CRITICA “FALSOS MORALISTAS”
n