O mandatário de Rui Costa
Oapuramento para fase de grupos da Liga dos Campeões e as seis vitórias nas primeiras seis jornadas da Liga foram a melhor ação de pré-campanha que o agora candidato Rui Costa poderia ter, na corrida (que tende a ser uma descontraída caminhada) à presidência do Benfica. No futebol, a lei da bola que entra ou não entra sobrepõe-se a todas as restantes. Aos olhos do sócio-adepto, nada é mais importante do que ganhar. O Vieirismo, que deixou como herança futebolística uma equipa na ressaca de um ano sem Champions e um salobro terceiro lugar no campeonato, já é coisa de um passado distante. Rui Costa soube demarcar-se convenientemente desse comprometedor registo. O que era tão (ou até mais) importante como afastar-se da imagem nebulosa do Vieirismo que tem de prestar contas à Jus
VITÓRIAS NO CAMPO VALEM MUITO MAIS DO QUE SESSÕES DE ESCLARECIMENTO
tiça. Por isso, e também porque nem se vislumbra alternativa, o ‘príncipe herdeiro’ tem garantido assento no cadeirão da Luz para o quadriénio 2021-2025. O barulho que se ouve nas Assembleias Gerais é apenas um foco de distração para desocupados.
Não deixa, contudo, de ser curioso verificar o timing dos acontecimentos em curso. Rui Costa anunciou intenção de avançar três dias depois de Jorge Jesus ter dito que apoiava o candidato que, na altura, ainda não o era. Este ‘happening’, a juntar a tudo o que tem acontecido dentro das quatro linhas vitórias a somar a vitórias que são muito mais importantes do que comícios ou sessões de esclarecimento -, fazem de Jorge Jesus o verdadeiro mandatário da candidatura de Rui Costa. Resta saber de que forma o treinador vai capitalizar isso.n