Um terço das discotecas sem condições para abrir
Um terço das discotecas permanecem encerradas, avançam representantes do setor. Para muitos empresários falta contratar funcionários, tarefa que não está a ser fácil, depois de ano e meio com os estabelecimentos fechados devido à pandemia.
“A falta de funcionários afeta as discotecas, mas é transversal a outras áreas, como a restauração”, sublinhou o presidente da Associação Nacional de Discotecas. A carência de mão de obra é justificada pelo facto dos profissionais terem procurado outra atividade para escaparem ao desemprego e, por outro lado, “há pessoas que continuam com subsídios”, explicou ao CM José Gouveia.
Também a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal considerou que é “relevante o número de discotecas e bares que permanecem fechados”. Ana Jacinto frisou que “a falta de recursos humanos é um dos problemas de um setor que está sem oxigénio e que para sobreviver precisa da continuidade de apoios por parte do Estado, como para a renovação dos equipamentos”. Destacou José Gouveia que a entrega, a 30 de setembro, do apoio extraordinário do Governo permitiu, numa situação limite, a muitos
“empresários conseguirem verba para a comprar tudo o que faltava, como bebidas”.
O regresso de milhares às pistas de dança fez-se com filas, que chegaram a duas horas, em Lisboa e no Porto. Mas, apesar da enchente, não há registo de incidentes, confirmou o porta-voz da PSP. “Há vontade de retomar a vida social e está a decorrer bastante bem”, referiu o Intendente Nuno Carocha. A PSP adotou “uma estratégia de visibilidade de rápida capacidade de reação”. Com a reabertura da noite, reduziram-se os ajuntamentos na rua.n
PSP CONFIRMA REGRESSO À NOITE SEM INCIDENTES OU AJUNTAMENTOS