Correio da Manhã Weekend

SPÍNOLA ENVIOU-NOS PARA SUL. ONDE VIVEMOS A GUERRA DURANTE 24 MESES

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outra. Nós não estávamos treinados em condições. Em Évora só treinei duas ou três vezes a bazuca contra os chaparros. Mas não tinha medo. Tive um louvor do comandante da companhia na caderneta militar e fui receber outro ao quartel-general.

Foram muitos os momentos que me marcaram para sempre durante a comissão, mas o mais chocante foi andar a apanhar pedaços de carne daqueles que morreram nas explosõesd­asminas. Gosto muito de estar com os meus antigos camaradas – eu estive 33 anos na PSP, mas as amizades que se fazem na tropa são diferentes de todas as outras. Regressei à Metrópole novamente no ‘Uíge’ – mas desta vez no porão e não nos camarotes onde fui alojado à ida. O meu irmão que foi para a Guiné em 1970 já foi de avião. Desembarqu­ei a 9 de outubro, no dia em que fazia 23 anos.

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1 A minha especialid­ade: apontador de metralhado­ra e bazuca 2 Em Olossato, no Norte da Guiné 3 No destacamen­to de Quirafe 4 Ponte do Saltinho, sobre o rio Corubal 5 o Saltinho, no Sul, onde estivemos dois anos da comissão
OLOSSATO
SALTINHO
2 3 1 4 5 1 A minha especialid­ade: apontador de metralhado­ra e bazuca 2 Em Olossato, no Norte da Guiné 3 No destacamen­to de Quirafe 4 Ponte do Saltinho, sobre o rio Corubal 5 o Saltinho, no Sul, onde estivemos dois anos da comissão OLOSSATO SALTINHO

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