Quimioterapia pára por falta de enfermeiros
CASO r Doente oncológica com tratamento suspenso nas duas últimas semanas no IPO
Uma doente do Instituto Português de Oncologia de Lisboa está com o tratamento de quimioterapia suspenso por falta de enfermeiros. O IPO reconhece o problema, garante que vai contratar mais enfermeiros, mas não adianta datas.
A situação foi denunciada pela filha da utente do IPO. “Já há duas semanas que ela está sem tratamento”, e sem previsão de quando será retomado o tratamento, diz Luana Cunha. A mãe, de 62 anos, está a ser seguida no IPO há cerca de oito meses.
Luana adianta ainda que foi informada por uma enfermeira-chefe que a suspensão dos tratamentos de quimioterapia se devia ao facto de não haver enfermeiros suficientes e que, desde julho, começou a perceber uma “intermitência em relação à regularidade dos tratamentos, com uma dificuldade maior de agendamentos”. A filha da utente reclamou formalmente desta situação, por duas vezes, mas não obteve resposta.
A instituição admite ser do “domínio público a necessidade de incremento de recursos humanos do IPO de Lisboa e de outros estabelecimentos de saúde, em alguns grupos profissionais,”, nomeadamente enfermeiros, “com inevitáveis consequências sobre o cumprimento de alguns prazos para a realização de tratamentos”.
Assegura ainda que estão a decorrer diversos processos de recrutamento de pessoal, nomeadamente enfermeiros, mas sem especificar quantos e quando vão ser contratados. Por ano, o IPO acompanha mais de 57 mil doentes.n