Pressão nos salários
Oaumento do custo de bens essenciais, desde a eletricidade aos combustíveis, passando por diversos produtos alimentares, pesa mais no orçamento das famílias do que os valores medidos pela inflação. Há uma tendência inflacionista real na economia que está a esmagar os rendimentos dos agregados. Por isso estão a notar-se mais protestos de trabalhadores. E não apenas entre os funcionários públicos, o que apesar de tudo é habitual em vésperas de apresentação do Orçamento do Estado, mas também dos trabalhadores do setor privado.
Muitas empresas têm sido forçadas a atualizações acima
HÁ UMA TENDÊNCIA INFLACIONISTA QUE ESMAGA O PODER DE COMPRA DOS SALÁRIOS
da inflação, porque se nota uma escassez de mão de obra qualificada. Mas a verdade é que os trabalhadores que ganhavam 100 ou 200 euros acima do salário mínimo e que nos últimos anos viram o seu ordenado congelado estão agora a ser apanhados graças ao aumento gradual que tem acontecido das remunerações mais baixas por força das atualizações decretadas. Essa desvalorização relativa dos salários também gera tensões sociais.n