Como uma falha informática ‘cegou’ o principal porto português
Oporto de Sines tem uma quota de 57,5% no segmento da entrada de contentores por via marítima em Portugal. Tem uma capacidade para albergar mais de 2,5 milhões de contentores e é a maior porta de entrada de mercadorias do País. Na semana passada, aconteceu um ‘incidente’ que, pelo inusitado da situação e gravidade das consequências, merece ser notícia. Durante a implementação de dois novos sistemas informáticos, a JUL – Janela Única Logística, e TOS – Terminal Operating System, ocorreram problemas no JUL que dificultaram a identificação e levantamento dos respetivos contentores. De modo simples, o porto de Sines ficou ‘cego’. A Administração do Porto de Sines (APS) e o concessionário do terminal de contentores (PSA) não conseguiam identificar a localização das cargas que os operadores pretendiam levantar.
Questionada a APS e a PSA, aquelas entidades referiram que foram de “imediato implementados procedimentos de contingência por forma a minimizar os impactos na operação do terminal”. No entanto, até ao dia de ontem, continuavam a existir constrangimentos graves no levantamento de mercadorias.
Numa altura em que tanto a indústria automóvel como o setor da construção se debatem com falta de matéria-prima para continuar a laborar, um incidente desta natureza pode trazer consequências gravíssimas para a economia nacional.n
DURANTE UMA SEMANA NÃO FOI POSSÍVEL SABER ONDE ESTAVAM OS
CONTENTORES