Correio da Manhã Weekend

Hergé e Tintim na Gulbenkian

- TINTA POR UMA LINHA José Jorge Letria TEXTOS ESCRITOS COM A ANTIGA GRAFIA

As portas da Gulbenkian abrem-se para acolher uma exposição vinda de Paris que homenageia Hergé, o criador de Tintim e uma das figuras mais geniais e inovadoras do mundo da banda desenhada.

Recorde-se que Portugal foi o primeiro país não francófono a publicar as aventuras deste herói de poupa loura, sempre acompanhad­o pelo seu cão de pelo de arame branco. A publicação fez-se logo a cores, quando na Bélgica de origem continuava a ser publicado a preto e branco.

Este herói que marcou gerações nasceu com a publicação em 1929 de ‘Tintim no País dos Sovietes’. A sua entrada

A OBRA CONFIRMOU O INVULGAR TALENTO DE HERGÉ

no mercado português deveu-se ao entusiasmo de Adolfo Simões Muller. Tintim faria a sua estreia portuguesa nas páginas de ‘O Papagaio’, que ele dirigia.

Hergé, pseudónimo criativo de Georges Remi, teve formação como escuteiro e criou um universo de personagen­s sem família. A sua única personagem feminina foi a cantora de ópera Bianca Castafiore. Hergé não gostava de ópera. A sua obra confirmou o invulgar talento de um criador que sabia contar e desenhar histórias e que se universali­zou de uma forma que esta exposição ilustra. Teve um amigo chinês e foi colecciona­dor de arte.n

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