JUIZ QUER CASO DE VIOLAÇÃO ARQUIVADO
FUNDAMENTO r Em causa estarão documentos roubados, e por isso ilegais, que mostravam comunicações confidenciais entre Cristiano Ronaldo e os seus advogados
Depois de ter feito correr muita tinta, o caso da alegada violação de Cristiano Ronaldo à modelo norte-americana Kathryn Mayorga pode vir a ser arquivado de vez. Isto porque, no entender do juiz federal do Nevada Daniel Albregts (que fez a recomendação do arquivamento), a acusação terá usado documentos roubados que mostravam comunicações confidenciais entre Ronaldo e os seus advogados. A defesa de Mayorga tem agora 14 dias para recorrer.
Recorde-se que o processo criminal movido contra o internacional português já tinha sido arquivado, pelo que o processo cível (de indemnização) parece agora destinado a tomar o mesmo caminho. Mayorga exige a CR7 uma indemnização de 64,4 milhões de euros.
Num relatório de 23 páginas já enviado à juíza Jennifer Dorsey, responsável pelo caso, Daniel Albregts arrasa a estratégia da acusação. “Rejeitar o caso de
ADVOGADOS DE MAYORGA SÃO ACUSADOS DE “MÁ CONDUTA E MÁ-FÉ”
Kathryn Mayorga apenas pela conduta inapropriada do advogado é duro, mas é infelizmente a única sanção apropriada para garantir a integridade do processo judicial”, diz Albregts, acusando o advogado da jovem
norte-americana de “conduta inapropriada” e de ter “agido de má-fé”.
Quem, entretanto, já reagiu foi o advogado de Cristiano Ronaldo em Las Vegas, Peter Christiansen, que disse estar “agradado” com a decisão de Daniel Albregts por querer “aplicar justamente a lei aos factos”.
Recorde-se que o caso remonta a 2009 e a suposta violação terá acontecido num Hotel em Las Vegas (o caso foi divulgado pela revista alemã ‘Der Spiegel’, a 28 de setembro de 2018). Em 2010, Mayorga terá assinado um acordo de sigilo extrajudicial, em troca cerca de 325 mil euros, mas há três anos avançou com um processo num tribunal de Las Vegas, alegando que estava “mentalmente incapacitada” e dizendo ter sido coagida a assinar o acordo.n