Enfermeiros em greve dias 3 e 4 de novembro
NOVO rJ ntam-se a médicos, farmacêuticos do SNS e técnicos de emergência pré-hospitalar GOVERNO r Ministra Marta Temido avisa que não é possível satisfazer todos ao mesmo tempo
Os enfermeiros marcaram ontem greve a todos os serviços para os dias 3 e 4 do próximo mês, numa decisão que junta seis dos sete sindicatos desta classe. Na origem da paralisação está a “ausência total de diálogo por parte do Ministério da Saúde”, afirmou Pedro Costa, do Sindicato dos Enfermeiros. Os médicos já tinham marcado greve para 23, 24 e 25 de novembro, os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde vão parar seis dias a partir de 28 de outubro e os técnicos de emergência pré-hospitalar anunciaram uma paralisação para o dia 22 deste mês.
A ministra da Saúde, Marta Temido, reagiu à chuva de greves, considerando não ser por acaso a sua marcação durante a discussão do Orçamento do Estado. “Compreendemos que muitas reivindicações tenham estado contidas neste período em que estivemos concentrados na resposta à pandemia e que estejam agora a surgir todas ao mesmo tempo, mas também é importante dizer que não há coincidências”, afirmou, sublinhando que “é necessário avaliar a disponibilidade que existe enquanto país para atender a todas as revindicações ao mesmo tempo”.
Marta Temido garantiu que o Governo “sempre esteve disponível para dialogar”, frisando que o secretário de Estado Adjunto e da Saúde “realizou mais de 20 reuniões com as estruturas sindicais nesta legislatura”. Mas o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) nota que após a entrega de uma carta com reivindicações, a 21 de setembro, Lacerda Sales “fechou portas à negociação”, alegando que “deve ser feita fora da discussão” do Orçamento do Estado. Os sindicatos exigem integração de precários e abertura de concursos em todas as categorias. Dos sete sindicatos que estiveram ontem reunidos, só o dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira não faz greve por ter visto satisfeitas algumas das reivindicações.n
EXIGEM INTEGRAÇÃO DOS PRECÁRIOS E DIZEM QUE GOVERNO FALHA DIÁLOGO