Correio da Manhã Weekend

“Vender liberdades para ganhar votos”

DECRETO-LEI r ProToiro contesta a alteração da idade mínima para se assistir a touradas

- MIGUEL AZEVEDO

Um atentando aos direitos e liberdades das crianças, à liberdade educativa dos pais e que mais não é do que uma moeda de troca parlamenta­r”. É assim que a ProToiro - Federação Portuguesa de Tauromaqui­a classifica a alteração da idade mínima para se assistir a uma tourada, dos 12 para os 16 anos, recomendad­a pelo Governo.

Ao CM, Hélder Milheiro, secretário-geral da ProToiro, firma que este anúncio surge nesta altura com intenções políticas bem claras e “faz parte do acordo entre o Governo e o PAN para [a aprovação do] Orçamento do Estado”. O responsáve­l diz que espera agora para ver o texto do decreto-lei na totalidade para “agir legalmente”. E acrescenta: “Lamentamos esta política que vende direitos e liberdades para ganhar votos no Orçamento”. Para justificar esta alteração, o Governo aponta para “o relatório do Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas de setembro de 2019, que defende o aumento da idade mínima para assistir a espetáculo­s tauromáqui­cos em Portugal”. Milheiro contesta. “Não há qualquer fundamenta­ção para essa recomendaç­ão. Não há estudos científico­s que digam que as corridas são nocivas para as crianças”. Recorde-se que o PAN considerou a decisão uma “importantí­ssima vitória”.n

GOVERNO APONTA PARA RELATÓRIO DA ONU PARA JUSTIFICAR ALTERAÇÃO

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Governo fixa idade mínima para assistir a touradas nos 16 anos

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