Correio da Manhã Weekend

Extinção é “pouco transparen­te”

CASO r“Tivemos o limiano. Espero que este não seja o Orçamento do SEF”

- SÉRGIO A. VITORINO

Aextinção do SEF, ontem aprovada pelo PS, Bloco de Esquerda e deputada JoacineKat­ar Moreira, “é uma decisão pouco transparen­te, nadademocr­ática e que merece ser analisada”, acusa ao CM Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigaç­ão e Fiscalizaç­ão do SEF (SCIF-SEF). Só o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pode agora chumbar a lei. “Já tivemos o limiano. Espero que este não seja o Orçamento do SEF”, diz Acácio Pereira.

A referência é a dois Orçamentos do Estado, há duas décadas, que o PS conseguiu passar com a abstenção de Daniel Campelo, deputado do CDS, em troca de investimen­tos na região do Alto Minho, entre eles a manutenção de uma fábrica de queijo limiano. O fim do SEF seria, assim, uma forma de o Bloco deixar passar o Orçamento que está em difícil negociação.

“Este é um exemplo de como não legislar à pressa e em áreas de soberania e interesse nacional. É uma matéria que requer um consenso alargado e não pode estar dependente de conjuntura­s circunstan­ciais, nem de acordos de momento”, afirma Acácio Pereira. O SCIF-SEF “analisa as decisões a tomar”.

A extinção do SEF prevê que as competênci­as policiais e inspetores passem para a PJ (imigração ilegal e tráfico de pessoas), PSP (fronteiras aeroportuá­rias e terminais de cruzeiros e expulsões) e GNR (fronteiras marítima e terrestre e expulsões). Será criada a Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo para atos de regulariza­r estrangeir­os, vistos, asilos e refugiados.n

FIM DO SEF APROVADO.

SÓ O PRESIDENTE MARCELO O PODE AGORA TRAVAR

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