O OE faz sofrer a cultura
Oprocesso de debate e eventual aprovação do Orçamento do Estado que, com a sua imprevisibilidade, deixa as portas abertas para uma eventual antecipação das eleições legislativas, que até podem não desagradar a António Costa depois da vitória constrangida nas eleições autárquicas, tem sido caracterizado por sinais de insatisfação provenientes de sectores como a ciência ou a cultura. Vamos ter tempo para ver o resultado.
Sabe-se que o governo não tenciona executar no próximo ano mais de 16 dos 150 milhões de euros inscritos
ESPECIALISTAS DO SECTOR CULTURAL TÊM DENUNCIADO VAZIO ORÇAMENTAL
no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a requalificação de museus, palácios, monumentos e teatros nacionais, o que não chega a ser sequer 11% do valor total.
A cultura tem até 2025 para apoiar estas verbas extraordinárias destinadas a obras e renovação de equipamentos em 49 dos seus edifícios. Especialistas do sector têm denunciado este vazio orçamental, manifestando a sua justificada preocupação.
A Plateia-Associação de Profissionais de Artes Cénicas, confrontada com as verbas previstas, mostra-se preocupada com o facto de o Ministério da Cultura ter interrompido o diálogo com o sector.n