‘Se correr o bicho pega’
Os portugueses vivem condenados ao dilema cantado por Ney Matogrosso – ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’.
Se o Orçamento do Estado (OE) para 2022 passar, ficaremos com este flébil Governo, com vários/as incompetentes, agora com danos agravados pela fadiga do poder e cristalização das clientelas. Para o PCP deixar passar o diploma, o OE terá de tornar-se ainda mais despesista. Fora do OE, as leis laborais irão adornar para o lado sindical. A saída das confederações patronais da Concertação Social, por falta de informação atempada, é uma decisão grave, fundada na incompetência governativa.
Portanto, se a crise política não eclodir, vamos continuar a viver neste pântano, em que, de nenúfar em nenúfar, o ministro do Ambiente diz que o aumento dos combustíveis se deve a quem produz, transforma e distribui, como se o preço não tivesse mais de 50% em impostos. Se ficarmos, o bicho come.
Se o OE não passar, Costa, apesar do canto da sereia Marcelo, obviamente deverá demitir-se. Com eleições apontadas para março, bloquistas e comunistas, ironicamente, subscrevem o disparo parlamentar do Chega. Que será dramático se Rio continuar a liderar o PSD, mas que nenhum Rangel conseguirá travar.
Até à primavera, o País viverá em tempestade social, com agravamento do caos na Saúde, na Educação, na Cultura. E os negócios de fim de festa a delapidar o futuro no Ambiente e nos Transportes.
Se correr, o bicho pega.n
SE A CRISE POLÍTICA NÃO ECLODIR, VAMOS CONTINUAR A VIVER
NESTE PÂNTANO