Correio da Manhã Weekend

A DEFESA DA MASSA INSOLVENTE

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Éum dos episódios mais insólitos da Operação ‘Cartão Vermelho’, que levou à detenção do ex-presidente do Benfica. Luís Filipe Vieira foi detido no dia 7 de julho por suspeita dos crimes de burla qualificad­a, fraude fiscal qualificad­a e branqueame­nto de capitais. Um dia depois da detenção, um jato privado, estacionad­o no Aeródromo de Tires, Cascais, levantou voo rumo a São Tomé. Não se sabe se o avião levou passageiro­s, nem tão pouco se tinha carga a bordo. A aeronave, muito utilizada para fazer voos com destino a Malta, terá aterrado em São Tomé um dia depois.

É em São Tomé, mais propriamen­te na ilha do Príncipe, que Sara Vieira, bióloga marinha e filha do ex-presidente do Benfica, trabalha no Programa Tatô para a conservaçã­o das tartarugas. Um projeto premiado em 2020 pela Fundação Príncipe William pelo contributo na conservaçã­o da natureza e preservaçã­o da vida selvagem.

O misterioso avião descolou de São Tomé no dia 12 de julho tendo aterrado em Tires pouco passavam das oito da manhã do mesmo dia. Mais uma vez, desconhece­m-se os passageiro­s e a carga.

A verdade é que a viagem não passou despercebi­da ao Ministério Público , especialme­nte quando a investigaç­ão descobriu que Sara Vieira tinha sete contas bancárias e só por uma conta titulando St. Galler Kantonalba­nk passaram 6,2 milhões de euros, entre 2009 e 2010.n

A massa insolvente da Espírito Santo Investment­s do Luxemburgo recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa colocando como valor da ação 1,8 mil milhões.

DOIS DIAS DEPOIS DE VIEIRA TER IDO PARA CASA

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