RICARDO SOUSA “QUEREMOS CHEGAR À FINAL DA TAÇA”
FEITO INÉDITO Mafra eliminou o Portimonense e tanta chegar ainda mais longe. Garante, todavia que a prioridade é o campeonato (II Liga) HERANÇA Diz carregar com orgulho o nome do pai (António Sousa)
Correio Sport - Depois de eliminar o Portimonense e garantir a presença nas meias-finais na Taça, qual é o próximo passo? Ricardo Sousa - O principal objetivo é o campeonato. Temos os pés bem assentes no chão, com o objetivo de conseguirmos a manutenção o mais rapidamente possível. Na Taça de Portugal, queremos chegar à final. Tentaremos fazer mais uma façanha que nos dê uma final inédita. - O Tondela, na meia-final, é o adversário mais acessível? - É uma equipa difícil. Sabemos que, devido ao que temos vindo a fazer, principalmente na Taça de Portugal, vamos ser muito respeitados. Se o Tondela nos quiser eliminar, vai ter de correr muito mais do que nós.
- Como analisa o que tem sido a sua carreira?
- No início tive a possibilidade de treinar equipas de ligas profissionais. Preferi começar por baixo, enfrentar dificuldades, ganhar experiência, aprender como tratar as adversidades, de modo que quando conseguisse chegar às ligas profissionais, o processo estivesse cimentado.
- O Campeonato de Portugal é uma escola?
- É. Passamos por dificuldades que os outros treinadores que caem de paraquedas em ligas profissionais não experimentam. Já dividi campos para treinar, porque há falta de espaço, já me faltaram bolas e equipamentos, já passei sete meses sem receber, já tive equipas em que lhes faltou alimentação... Trago uma grande bagagem, que faz com que os problemas que eu passe daqui para a frente sejam de fácil resolução. - Carrega também consigo a importância de um nome... - É verdade. É uma sombra que carrego desde pequeno, mas é uma sombra que me deixa muito orgulhoso, porque, se calhar, o meu pai, António Sousa, é um dos nomes mais unânimes do futebol nacional.
- O Mafra neste momento é o clube certo para si?
- Foi o clube certo para eu chegar às ligas profissionais. É um clube organizado, em que as decisões passam sempre por duas pessoas: o presidente e o diretor desportivo, em quem confio imensamente.
- Que ficou da passagem pelo FC Porto?
- O FC Porto vai ser sempre a minha casa. Foi lá que cresci e me fiz homem. É uma casa que respeito e onde, quem sabe, um dia poderei regressar. Se conseguir chegar ao topo pelas mãos do FC
Porto, ficarei muito satisfeito.n
“SE CONSEGUIR CHEGAR AO TOPO PELAS MÃOS DO FC PORTO, FICAREI MUITO SATISFEITO”
“JÁ PASSEI SETE
MESES SEM RECEBER. TRAGO
COMIGO UMA GRANDE BAGAGEM”