Correio da Manhã Weekend

INFLAÇÃO VAI DISPARAR, TAXAS DE JURO TAMBÉM

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Aredução da actividade industrial, a nível mundial, por força da pandemia, provocou a escassez de produtos nos mercados. Com o renascer da vida nas comunidade­s, houve um incremento da procura de bens, sem a correspond­ente resposta da produção. Neste cenário, com excesso de procura face à oferta, muitos produtos viram os preços aumentar. Está aí novamente a inflação que, nos Estados Unidos, já atingiu o valor de sete por cento. Uma das consequênc­ias de curto prazo deste fenómeno inflacioni­sta será, certamente, o aumento das taxas de juro. Anuncia-se pois uma crise. Por um lado, porque o aumento das taxas de juro ocorre num momento em que as empresas estão híper-endividada­s, uma vez que durante a pandemia recorreram a créditos volumosos; além de que não pagaram os empréstimo­s anteriores, adiaram o problema, por via do regime de moratórias. Por outro lado, as famílias que estão cativas dos seus empréstimo­s à habitação verão as prestações mensais a pagar ao banco muito amplificad­as. Os únicos beneficiár­ios deste cenário serão os bancos. Os restantes sofrerão.n

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Famílias verão as prestações a pagar ao banco pelo crédito à habitação muito amplificad­as

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