Morta na véspera de ir para a Bélgica
CONFISSÃO Alda Guterres disse a vizinha que se ia separar do marido
Na segunda-feira, três dias antes de ser assassinada pelas costas com disparos de caçadeira pelo marido, que depois se matou, na propriedade agrícola onde ambos trabalhavam em Vendas de Azeitão, Setúbal, Alda Guterres disse a uma vizinha que ia separar-se do companheiro e mudar-se hoje para a Bélgica.
“Disse que o divórcio estava encaminhado e que tinha o bilhete comprado para ir para a Bélgica”, explicou ao CM Teresa, uma vizinha. É na Bélgica que vive uma das três filhas do casal. Numa publicação na rede social
Facebook, horas após ter sabido da morte dos pais, a filha deu a entender que o pai, de 53 anos, já lhe tinha dito que queria matar a mãe, de 49. “Tinhas-me dito que não o irias fazer, que irias pensar em mim e nas meninas [netas]. Não aguentaste.”
Em relação à mãe, a jovem considerou que a mesma errou, “ao ponto de tudo isto acontecer”. Poderá ser uma referência ao alegado episódio de infidelidade - no qual o homicida acreditou - que terá motivado o homicídio seguido de suicídio de quinta-feira.
Fernando Santos, residente na zona onde ocorreu o crime, foi das últimas pessoas a ver o casal numa normalidade aparente. “Foi na terça-feira e eles estavam a trabalhar”, explicou ao CM.
Apesar da extinção da responsabilidade criminal pela morte de Paulo Guterres, a Polícia Judiciária de Setúbal, que ficou com a investigação, quer agora reconstituir os últimos tempos de vida em comum do casal, para assim apurar as causas do homicídio.n
MULHER ASSASSINADA PELO MARIDO JÁ TINHA BILHETE COMPRADO