50 MIL PARA AVALIAR CANDIDATO
São mais de 500 as caixas onde estão armazenados os volumes do processo GES/BES. Demoraram um dia inteiro a ser carregadas numa camioneta que as transportou para as novas instalações do Tribunal Central de Instrução Criminal no Campus de Justiça. O juiz Ivo Rosa, que já marcou o final do mês de fevereiro para o início da instrução do processo, reclamou da falta de condições do recinto, seja para ouvir testemunhas, seja para guardar os caixotes do próprio processo.
Mas o ‘mistério’ não está na quantidade de volumes, nem na falta de condições para funcionários e magistrados. O problema é que, das centenas de caixas que estão no ‘Ticão’, as únicas que estão abertas são aquelas que dizem respeito aos arrestos preventivos decretados pelo Ministério Público (MP) sobre os bens dos arguidos e que servem de garantia para pagamento aos lesados dos 1,8 mil milhões de euros que o MP contabilizou como produto da atividade criminosa desenvolvida pelos responsáveis do GES/BES.
O facto de só estarem abertas as caixas dos arrestos, a maior parte dos quais decretados pelo juiz Carlos Alexandre, indicia que o atual juiz de instrução começou por reapreciar aquelas medidas cautelares, antes mesmo de se debruçar sobre a substância do caso.
Vamos acompanhar com atenção os desenvolvimentos do processo, em particular, no que concerne ao tratamento dado aos milhares de vítimas.n
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OS DOCUMENTOS DOS ARRESTOS PREVENTIVOS