MP pede nomes dos membros do gabinete de Aguiar Branco
O Ministério Público (MP) solicitou ao Ministério da Defesa, em 2016, que enviasse a lista com os nomes dos membros do gabinete do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, em 2014. O MP pediu esta informação depois de Carlos Costa, gestor da Atlantic Eagle (detentora dos Estaleiros do Mondego), ter dito à Polícia Judiciária (PJ) que “o Ministério da Defesa não salvaguardou o legítimo interesse público” na venda do ‘Atlântida’.
A lista com o nome dos membros do gabinete de Aguiar Branco foi enviada ao MP pelo gabinete de João Gomes Cravinho, que era o ministro da Defesa em 2016. Nesse ano, na sequência das declarações de Carlos Costa à PJ, o Ministério da Defesa foi alvo de buscas no processo da subconcessão dos ENVC à West Sea, empresa da Martifer, em que a venda do ‘Atlântida’ era então investigada.
Carlos Costa foi ouvido nesse inquérito, como testemunha, em fevereiro de 2016. Foi ele que revelou à PJ que uma empresa sul-coreana, representada pela Atlantic Eagle, apresentou aos ENVC uma proposta de compra do navio por 21,34 milhões de euros. Na altura, o gestor afirmou à PJ que, “no seu entender, a decisão então tomada pelo Ministério da Defesa [ver texto abaixo] não salvaguardou o legítimo interesse público, pois um navio que poderia ter sido vendido por 23 milhões de euros acabou por ser alienado por uma verba na ordem dos oito milhões de euros”.n
TESTEMUNHA COLOCOU EM CAUSA A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO DA DEFESA