MARIANA E A ARTE
Atarefa hercúlea que Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), e Saudade Nunes, responsável pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), têm pela frente, no processo da naturalização dos judeus sefarditas, pode ser avaliada pelo resultado de uma só diligência: a realização de buscas a vários membros da direção da comunidade israelita do Porto, de que resultou a detenção do seu líder máximo, o rabino Daniel Litvak, e a apreensão de mais de 50 mil pastas, que se encontram guardadas na sede da Judiciária em Lisboa. Não se sabe se cada pasta corresponde a um ou mais processos de naturalização de judeus sefarditas, ao abrigo da lei de 2020, mas a realidade é que esta investigação vai requerer da parte da PJ a dedicação de muitos dos seus inspetores a tempo inteiro. Para além dos dois arguidos já constituídos, o rabino Litvak, que foi detido quando se preparava para abandonar o País, e um advogado do Porto, suspeita-se estarem envolvidos mais advogados, notários, conservadores e trabalhadores dos registos. Em causa estão os crimes de corrupção, tráfico de influências, fraude fiscal e branqueamento de capitais e falsificação de documentos. Para além do multimilionário russo Roman Abramovich, terão sido naturalizados centenas de outros cidadãos, muitos dos quais entraram e movimentam-se agora no espaço europeu, graças a este processo de naturalização iniciado em Portugal.n
A secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros, tutelada por Mariana Vieira da Silva, encomendou uma obra de arte à galeria Filomena Soares e Santos no valor de 10 mil euros.
NAS INSTALAÇÕES DA PJ EM
LISBOA