PEDIDA A SAÍDA DE
Oadvogado AníbalPinto pede o afastamento da procuradora do processo que o está a julgar em conjunto com Rui Pinto -, alegando que a magistrada reuniu com as testemunhas - inspetores da PJ - para combinar o depoimento que ia ser prestado na audiência de julgamento.
“O Ministério Público não pode falar com as testemunhas depois de encerrado o inquérito e feita a acusação. Tal como não podem os advogados, muito menos para afinar estratégias. Este é um valor ético fundamental para o prestígio e dignidade da classe dos advogados e do MP”, diz Aníbal Pinto, que ataca o procurador Adão Carvalho, do Sindicato de
Magistrados do Ministério Público, que tinha entendido que a situação não era grave. “Além de ter a minha discordância, enquanto advogado, não se aplica ao caso concreto e tende a confundir as pessoas dizer que os órgãos de polícia criminal, quando chamados a julgamento , não vão na qualidade de testemunhas, no sentido estrito, porque o seu conhecimento é funcional mas não pessoal. Até podia ser defensável nas testemunhas arroladas pelo MP, mas nunca nas testemunhas indicadas pela defesa, como foi o caso”, refere o advogado, que quer agora que a procuradora seja afastada do julgamento e seja substituída por outro magistrado a indicar pela hierarquia do Ministério Público.n