Alterações climáticas na saúde cardiovascular
AS “ONDAS DE CALOR EXTREMO” são um exemplo de alterações climáticas que se têm verificado ser mais frequentes, mais intensas e mais rápidas, com consequências diretas e indiretas na saúde da população, condicionando potenciais disrupções dos serviços de saúde, energia, transporte, fornecimento de água. Em diferentes zonas do globo é posta em causa a segurança alimentar e a subsistência. A OMS estima que entre 2030 e 2050 as alterações climáticas sejam responsáveis por cerca de 250 000 mortes por ano, por desnutrição, malária, diarreia e stress térmico. As alterações climáticas são importantes fatores de risco para os acidentes cardiovasculares, como o enfarte de miocárdio, o AVC e a morte. Especial atenção terá de ser dada aos mais vulneráveis; as crianças, os idosos, os portadores de doenças cardiovasculares (doença coronária, hipertensão, arritmias e insuficiência cardíaca), pacientes com diabetes, insuficiência renal, patologia respiratória e imunodeprimidos; também os que por razões económicas não se conseguem defender dos fenómenos térmicos, os mais pobres, com ‘deficit’ alimentar ou que não têm acesso a água ou a habitações adequadas.
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