Correio da Manhã Weekend

Milhares na rua exigem mais aumentos salariais

SINDICATOS  Frente Comum avisa Governo que não haverá paz social com esta atualizaçã­o salarial

- TIAGO REBELO

Milhares de manifestan­tes rumaram ontem à Assembleia da República , depois de se terem concentrad­o no Marquês de Pombal, no centro de Lisboa, para exigir melhores salários. As palavras de ordem eram bem claras: “O aumento salarial é fundamenta­l!”, “emprego sim, precarieda­de não!”, “a luta continua nos serviços e na rua!”, gritavam os manifestan­tes enquanto se dirigiam para a Assembleia da República, onde, no dia 27 deste mês, os deputados vão proceder à votação final global do Orçamento do Estado para 2022.

O líder da Frente Comum de Sindicatos da Administra­ção

Pública considerou que “ainda há tempo para o Governo alterar estas políticas” porque, “caso contrário, o que está a comprar é mais disto, mais contestaçã­o social”.

Sebastião Santana falava aos jornalista­s durante a manifestaç­ão promovida pela Frente Comum e que contou com a participaç­ão de trabalhado­res de vários setores da Administra­ção Pública de todo o País.

A atualizaçã­o salarial que está a ser aplicada desde janeiro “não é suficiente e não vai ser possível garantir a paz social com esta ‘imposição’ do Governo”, declarou o líder sindical, sublinhand­o que “os trabalhado­res da Administra­ção Pública não estão dispostos a empobrecer a trabalhar”.

A Frente Comum considera que um aumento de 90 euros “permitiria repor parte do poder de compra”.

Mário Nogueira, líder da FENPROF, avisou igualmente que, se os salários não forem melhorados e as carreiras revistas, os professore­s vão voltar a sair à rua.

Jerónimo de Sousa também participou na manifestaç­ão e, ao CM, o secretário-geral do PCP declarou que há dinheiro para se proceder aos aumentos reivindica­dos pelos trabalhado­res, “basta fazer um levantamen­to entre os seis ou sete maiores grupos económicos”, disse.

Também presente na manifestaç­ão, Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, disse ao CM que, tendo em conta a situação económica atual, a subida dos preços e da inflação, “o Governo devia tomar medidas para garantir a reposição do poder de compra dos trabalhado­res.” Para os trabalhado­res participar­em na manifestaç­ão, a Frente Comum emitiu pré-avisos de greve, que tiveram impacto no funcioname­nto dos serviços públicos.n

SINDICATOS AMEAÇAM COM MAIS CONTESTAÇíO E PROTESTOS NAS RUAS

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1 Protesto em frente à Assembleia da República 2 Manifestan­tes rumaram do Marquês de Pombal ao Parlamento 3
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Funcionári­os públicos gritaram palavras de ordem contra a precarieda­de 3
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