Portugal dá armamento letal e 250 milhões €
APOIOS Primeiro-ministro português garante equipamento militar, pacote financeiro e reconstrução de escolas e creches ZELENSKY Presidente ucraniano pede para não ter medo de ajudar. Costa diz que “não é receio”, é falta de disponibilidade
Portugal vai apoiar a Ucrânia com 250 milhões de euros, armamento letal e não letal, e na reconstrução de escolas e jardins de infância, anunciou ontem o primeiro-ministro português, António Costa, no final de uma reunião com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev.
Depois de ter visitado Irpin, uma das zonas mais fustigadas pela guerra, a cerca de 20 quilómetros da capital ucraniana, Costa teve um encontro com Zelensky no palácio presidencial, em Kiev. Na conferência de imprensa conjunta, o chefe do Governo português revelou que já aterrou na Polónia um “avião com mais apoio militar letal e não letal destinado à Ucrânia, adquirido por Portugal”, sem, contudo, especificar qual o tipo de armamento. Zelensky agradeceu, mas deixou um reparo: “Nós estamos a combater pelo nosso território, não tenham medo, temos de estar juntos”. Um claro apelo para que Portugal e outros países não tenham receio de ajudar a Ucrânia. Porém, Costa sublinhou que “não é por receio, é mesmo por não haver disponibilidade”.
Quanto à reconstrução, o primeiro-ministro propôs “patrocinar uma zona geográfica específica”, mas tem preferência na “reconstrução de escolas e jardins de infância”. Costa salientou que Portugal tem experiência em renovar parques escolares e, como tal, “é uma contribuição diferenciada que o País pode dar.”
A seguir, o primeiro-ministro reuniu-se com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmyhal, para anunciar um “apoio financeiro de 250 milhões euros à Ucrânia”. Desses 250 milhões, 100 milhões serão transferidos ao longo deste ano através de uma conta da Ucrânia no Fundo Monetário Internacional ou por via de outros canais que a União Europeia venha a abrir para financiamento direto, detalhou António Costa. Os restantes 150 milhões de euros serão enviados ao longo dos próximos três anos, acrescentou. Trata-se de um apoio que “visa financiar as necessidades do Orçamento ucraniano”, esclareceu.n
ANTÓNIO COSTA ELOGIOU A APTIDÃO DO GOVERNO EM RENOVAR ESCOLAS