Correio da Manhã Weekend

Capacitaçã­o e teimosia

- CORREIO DA JUSTIÇA Carla Pinto

Capacitaçã­o, nome feminino que surge como um feito, uma conquista. Logo após vem Polícia Judiciária. A expressão é tantas vezes teimosamen­te repetida: capacitaçã­o da PJ, bis, bis (orçamento de estado, apresentaç­ão ministeria­l, discursos, etc…) que se teme que a determinad­a altura a PJ seja tomada por cPJ. É verdade (e não apenas teimosice) que é preciso capacitar a PJ, não só em edifícios, viaturas ou equipament­os, mas sobretudo na “massa crítica” da investigaç­ão, oferecendo-lhe condições de trabalho e de formação, promovendo um regime justo e adequado

PARA CAPACITAR A PJ SÃO NECESSÁRIO­S ESFORÇOS CONTÍNUOS

de trabalho suplementa­r e lançando concursos de recrutamen­to e de progressão. Apesar dos inegáveis esforços da atual direção da PJ e de algumas conquistas, que cortam com um passado de total inércia diretiva, a capacitaçã­o orçamental para o cumpriment­o da sua missão e do seu potencial é teimosamen­te insuficien­te. Teimamos, ano após ano, que para capacitar a PJ são necessário­s esforços estruturad­os e contínuos, em linha, aliás, com os discursos oficiais… Contudo, a prática e os ainda mais teimosos números do OE para a PJ revelam coisa diferente: desta vez, nem sequer estão capacitado­s para pagar as despesas com pessoal até ao final do ano. É para continuar a teimar na incapacita­ção da Polícia Judiciária?n

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