Marcelo não queria dissolver Parlamento
CRISE POLÍTICA PR disse que o bloqueio ia continuar e “empurrar com a barriga não dava” DÍLI Marcelo Rebelo de Sousa convida Ramos-Horta a visitar Portugal para participar na Web Summit
Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem em Díli que queria terminar o mandato sem dissolver o Parlamento, mas acabou por tomar essa decisão devido a “um bloqueio político grave”. Numa intervenção perante alunos da Universidade Nacional de Timor Lorosae, o Presidente da República partilhou o que tinha pensado, relativamente ao poder de dissolução: “Era tão bom fazer um mandato e poder dizer no fim: ‘Ao contrário dos outros presidentes, eu nunca tive de dissolver’. Mas a realidade é o
“REIVINDICAÇÕES À ESQUERDA DO PS IAM ALÉM DO ORÇAMENTO”
que é.” Marcelo explicou que as reivindicações dos partidos à esquerda do PS abrangiam outras leis, além do Orçamento. “Empurrar com a barriga para a frente não dava, o bloqueamento ia continuar”, disse.
Também ontem, Marcelo foi recebido por Ramos-Horta no Palácio Presidencial e, na ocasião, convidou o Presidente timorense para vir a Portugal ainda este ano e “participar na Web Summit e num fórum empresarial sobre a cooperação acrescida entre os dois países nesse domínio. Já Ramos-Horta, que tomou posse na quinta-feira como Presidente de Timor-Leste, desafiou Marcelo para pensar nas oportunidades que virão com a futura adesão de Timor à ASEAN, a Associação de Nações do Sudeste Asiático. “Gostaríamos de ter aqui investidores portugueses em Timor, pensando nesse grande mercado de 700 milhões de pessoas, quatro triliões de dólares. Seria uma grande oportunidade para Timor e para os empresários portugueses”, disse.n