Espanca a mulher e vai procurar rival
TRIBUNAL Amândio Vaz, 33 anos, assumiu ter dado “apenas murros”. Negou intenção de matar HORROR Vítima fingiu estar morta para se salvar. Arguido parou ao ver “cara cheia de sangue”
Foram apenas murros”, começou ontem por dizer, no Tribunal de Braga, o empresário, de 33 anos, julgado por ter tentado matar a namorada à pancada, em setembro do ano passado, na praia fluvial de Adaúfe, em Braga. A vítima, de 43 anos, repetidamente agredida com socos na cara e na cabeça, fingiu que estava morta para se salvar. Ontem, na primeira sessão do julgamento, o arguido assumiu a agressão, mas negou ter deixado a namorada a morrer. Disse ainda ter ficado em pânico e que pediu aos amigos que chamassem por
VÍTIMA FOI AGREDIDA REPETIDAMENTE COM SOCOS NA CARA E CABEÇA
socorro. A versão foi desmentida. O arguido deixou a mulher com o rosto coberto de sangue e foi tirar satisfações com o rival.
“O Tino chegou ao grupo, dirigiu-se de imediato ao Alex e esmurrou-o. Separámos os dois e só nessa altura é que o Tino disse para irmos ver o corpo” da mulher. O relato da testemunha Diana Rodrigues contradiz a versão do arguido, que garantiu aos juízes ter entrado “em pânico” e saído do local “a correr”. Quando “lhe desferi mais uns murros, percebi que ela estava a ficar muito mal”. “Nesse momento parei, ao vê-la com a cara cheia de sangue por causa dos murros”, relatou Amândio
Faustino Vaz, conhecido pela alcunha de ‘Tino’.
Na longa versão que apresentou em Tribunal, num depoimento de quase duas horas, o arguido, que está em prisão preventiva, disse ter tido “uma paragem cerebral” e uma “explosão de tristeza”, ao ver a namorada em contactos sexuais com o amigo.
Negou ter “em algum momento” visto a vítima “com os olhos fechados”.n