Correio da Manhã Weekend

Mortalidad­e não Covid está superior a 2021

DADOS  Registaram-se mais óbitos por outras causas face ao período homólogo do ano passado TENDÊNCIA  Autoridade­s referem que a mortalidad­e devido ao SARS-CoV-2 está a crescer

- EDGAR NASCIMENTO

Amortalida­de não Covid está mais alta do que em 2021 e os óbitos por Covid-19 estão a aumentar. Segundo os dados do portal Vigilância da Mortalidad­e, entre 1 de janeiro e 26 de maio registaram-se em Portugal 51 986 óbitos, dos quais 4041 por Covid-19 (de acordo com a Autoridade de Saúde Nacional). No ano passado, no mesmo período morreram 57 657 pessoas, 10 026 das quais com o SARS-CoV-2.

A média diária de óbitos não Covid cifra-se em 328, quando foi de 326 no período homólogo de 2021. Ainda assim, são números inferiores à média diária de óbitos em anos anteriores (o registo mais elevado foi em 2018, com 51 015 mortes entre 1 de janeiro e 26 de maio, com 3 mil atribuívei­s ao surto de gripe de 2017/2018).

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a mortalidad­e específica por Covid-19 (41,0 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes) “apresenta uma tendência crescente”. De acordo com o Relatório de Monitoriza­ção da Situação Epidemioló­gica, da DGS e Instituto Ricardo Jorge, “a mortalidad­e por todas as causas encontra-se acima do esperado para a época do ano, indicando um excesso de mortalidad­e por todas as causas de reduzida magnitude”. Entre 17 e 23 de maio houve 230 mortes associadas à Covid-19, mais 38 face à semana anterior,entre as quais um jovem na faixa dos 10-19 anos.n

PORMENORES

Quase 190 mil em 7 dias

Portugal registou, entre 17 e 23 de maio, 188 970 infeções por SARS-CoV-2, mais 12 699 casos face à semana anterior. A faixa dos 40- 49 anos foi a que apresentou maior número de casos: 33 255. O índice de transmissi­bilidade baixou para 1,13, enquanto a taxa de incidência de casos a 7 dias passou para 1835/ 100 mil habitantes (um aumento de sete por cento).

Vacinação compensou

O investimen­to português na vacinação contra a Covid-19 permitiu contrariar o risco sanitário inicial decorrente da escassez de recursos de Portugal na área da saúde relativame­nte a outros países da OCDE, revela um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

NA SEMANA PASSADA, MORREU UM JOVEM COM COVID NA FAIXA DOS 10-19

Urgência e Emergência

Mais de 1200 médicos, de todas as especialid­ades, assinaram já o manifesto lançado pela Sociedade Portuguesa de Medicina de Urgência e Emergência a defender a criação desta especialid­ade médica, processo que está em análise na Ordem dos Médicos.

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