Correio da Manhã Weekend

Retrato de família

- NAÇÃO VALENTE João Pereira Coutinho

Ninguém espera que no Orçamento do Estado se discuta seriamente o Orçamento para o Estado. A ideia é outra: permitir que os diferentes partidos possam marcar os seus território­s. Assim foi.

O PS, imperial, não precisava de negociar coisa alguma; mas acolher as propostas nulas do PAN e do Livre sempre concede um verniz de ‘diálogo’ e ‘abertura’ que fica sempre bem na lapela da maioria. Além disso, o PAN e

O OE SERVE PARA QUE OS PARTIDOS MARQUEM OS SEUS

TERRITÓRIO­S

o Livre agradecem – e sempre esfregam na cara da velha esquerda que agora existe uma nova esquerda de confiança no Parlamento.

Nada que incomode o Bloco e o PCP, que precisam de regressar à gritaria genética: o Orçamento é de ‘direita’, acusaram eles, depois de terem engolido vários Orçamentos do género nos últimos anos.

De resto, o Chega bolçou os seus delírios e o PSD, hoje à deriva, ainda viu três deputados madeirense­s a tratarem da sua vida.

É um belo retrato - e para o ano há mais.n

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