Heróis assim, sim!
Cada boa ação é portadora de esperança, para cada um, para os outros e para o planeta. A Inês e o Nuno aceitaram plantar sementes de mudança que inspiram novos heróis, num projeto de todos para todos que cresce a cada dia.
Se podemos sonhar, também podemos tornar os nossos sonhos realidade. Convicto de que cada gesto individual é um superpoder passível de se replicar, multiplicar e gerar uma onda de mudanças positivas no coletivo, o Projeto Heróis Missão Continente não pára de aumentar. Desde a criação de uma horta caseira até à prática de exercício físico, heróis como a Inês e o Nuno são mobilizadores de um movimento que deseja construir, desde hoje, um amanhã mais “super” em termos de solidariedade, saúde e sustentabilidade.
Inês Borges: missão “Semear para depois comer” cumprida
A preocupação com um mundo mais sustentável reflete-se em inúmeros gestos, como separar o lixo ou evitar o uso de plástico. Mas porque não dar um passo extra e criar uma horta em casa? Ao contrário do que se possa pensar, não importa se vive num apartamento; basta um terraço, uma varanda ou mesmo um recanto na cozinha para pôr mãos à obra e usufruir de todos os benefícios.
A heroína Inês Borges, funcionária do Continente há 26 anos, respondeu ao apelo. Depois de uma cirurgia à coluna em 2020, mudou de casa e aproveitou uma varanda para cultivar os seus próprios produtos. Tudo começou com “dois vasos pequeninos. Entretanto, perguntei à minha madrinha e ao meu tio se não tinham mais uns vasos em casa”, refere Inês. Este ano a ambição foi maior, a horta cresceu na vertical e já são muitos os legumes, frutos e aromáticas que dão vida à sua varanda: “Feijão-rasteiro, salsa, hortelã, orégãos, tomilho, curgetes, uma torre toda ela de alfaces (...) e até já posso colher aqui uns moranguinhos.”
Ter uma horta caseira não só é possível, como é uma excelente opção para consumir produtos frescos e garantir a segurança alimentar e do ambiente. Mas os benefícios não se ficam por aqui. Cria um ambiente bonito e agradável, promove uma alimentação mais saudável, ajuda a relaxar, aumenta a boa-disposição e é divertido e educativo para as crianças e adolescentes - a filha mais nova da Inês ficou a perceber que os alimentos não nascem no supermercado.
Não restam dúvidas de que conectar-se à natureza aproveitando para se desconectar das preocupações e da agitação do mundo exterior é bom e faz bem. Para Inês “é uma maneira de passar o tempo e é bom vir buscar o que é seu”, afirma sorridente. O segredo? “Precisa do seu trabalho, da sua rega, tratá-las com amor, tirar as ervinhas e deixá-las crescer. Tudo começou de pequenino e olhe para eles já tão crescidos.” É mesmo verdade que pequenos gestos fazem grande diferença. Na varanda da Inês está à vista.
Nuno Ferreira : missão “Toca a Mexer II” cumprida
Mente sã em corpo são, já os latinos o diziam. Se os benefícios do exercício físico são inegáveis na promoção de uma vida melhor - ajuda a regular a circulação sanguínea e a tensão arterial, favorece a imunidade, eleva a disposição e diminui o stress -, praticar desporto ao ar livre tem vários “plus”. Além de ser prático e acessível, o contacto com a natureza melhora a concentração, estimula os sentidos e a motivação, dá energia e ajuda a “desligar” mais facilmente dos problemas e afazeres do quotidiano.
Nuno Ferreira é a prova disso mesmo: “Faço corrida quase todos os dias (pelo que) escolhi a missão que mais se adequava ao meu estilo de vida. Acordo, tomo o pequeno-almoço e faço o meu treino. Hoje já fiz antes de vir trabalhar, amanhã também farei e é uma questão de hábito.”
Mas vai ainda mais além, ao unir a prática do exercício físico à sustentabilidade - o chamado plogging. Quando vai correr ou passear com o seu cão faz questão de recolher lixo, de modo que a rua fique sempre melhor do que quando foi.
Como sabe bem o que custa começar - o próprio começou tarde e já correu uma meia maratona - este herói contagia os que o rodeiam, promovendo hábitos saudáveis e dando bons conselhos, como “não te preocupes com a velocidade nem com o ritmo. Faz dez, quinze minutos ao teu ritmo, vai a andar, mas sai do sofá.”
O Nuno é jornalista no Record e conheceu a Missão Heróis Continente através da parceria com a Cofina. Não só cumpriu a missão a que se propôs como o continua a fazer: “Se por algum motivo não consigo, o dia já não me corre tão bem. Naquele período não se pensa em mais nada, somos livres e tiramos aquele tempo para nós.”
Um herói com asas nos pés, para quem, “na medida do possível, devemos tentar fazer algo para que quando nos deitamos o mundo fique um bocadinho melhor do que quando nos levantámos”. É deste material que é feito um herói da Missão Continente.