Farmacêuticas querem medicamentos mais caros
A Associação da Indústria Farmacêutica (Apifarma) apelou ao Governo para que atualize os preços dos medicamentos, sobretudo dos “mais baratos”, para evitar que alguns produtos sejam descontinuados. Segundo João Redondo, vogal da Apifarma, este ano houve uma redução de preços dos medicamentos, como é habitual, o que faz com que as margens se reduzam, podendo haver produtos que entrem em situações de margens negativas, devido aos aumentos dos encargos com a produção e distribuição de produtos farmacêuticos, causados inicialmente pela crise energética e agravados agora pelos efeitos da guerra na Ucrânia.
Nos hospitais, também se sentem efeitos da crise e da guerra, com produtos mais caros e entregas atrasadas. O custo de uma tonelada de algodão, por exemplo, passou de 60 para 230 euros nos últimos meses. Seringas, compressas e ligaduras são produtos que têm vindo a ficar mais caros.n