CONSTANÇA TEM DE SER OUVIDA EM TRIBUNAL
Em 2020, a deputada Constança Urbano de Sousa tentou alterar a “lei do retorno” dos descendentes de judeus sefarditas. A parlamentar pretendia acabar com um esquema perverso. A Comunidade Judaica do Porto (CJP) atribuía certificados, que permitiam a obtenção de nacionalidade portuguesa a cidadãos estrangeiros, sem que estes cumprissem os requisitos legais adequados. A entidade emissora do título de nacionalidade, o Instituto de Registos e Notariado, não procedia a qualquer controlo. E assim a CJP, dominada por João Garrett, sobrinho da socialista Maria de Belém, conseguiu, durante anos, comercializar passaportes portugueses. Mas a então deputada Constança foi obrigada a desistir. Porquê? Porque sofreu “pressões ao mais alto nível para não alterar Lei da Nacionalidade”, coagida por dirigentes do PS ligados a Maria de Belém. No momento em que corre no Ministério Público uma investigação às irregularidades nos certificados na CJP nos últimos anos, é, assim, urgente que Constança seja ouvida no inquérito e esclareça quais as pressões ilegítimas que sofreu.n