Portugal ao ataque em jogos de guerra
ROMÉNIA Militares portugueses em manobras com fogo real a 30 quilómetros da fronteira ucraniana ELOGIOS Forças nacionais têm tido papel de destaque
Na área de treino romena de Smardan, a apenas 30 km da Ucrânia, a NATO realizou ontem um grande exercício militar com fogo real de artilharia, carros de combate e infantaria mecanizada, na qual se destacou a companhia de 201 militares portugueses. Coube-lhes, com as viaturas blindadas Pandur, o movimento ofensivo, avançando pelas linhas da NATO contra um ‘inimigo’. O CM acompanhou o treino dos 1800 militares de oito países da NATO – no dia com maior impacto do exercício Scorpions Legacy 2022.
“O exercício foi muito útil para cumprir os objetivos propostos pela Aliança Atlântica: fomentar a interoperabilidade das forças e tirar lições aprendidas para possíveis empregos operacionais”, disse ao CM o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, que ao lado do seu congénere romeno, general Daniel Petrescu, foram os principais chefes militares no terreno – onde esteve ainda o tenente-general Guerra Pereira, vice-chefe do Estado-Maior do Exército, e uma delegação da Brigada de Intervenção, grande unidade mobilizadora dos militares portugueses.
Os militares de Viseu e Vila
Real – a par com o módulo de defesa antiaérea de Queluz, que deu proteção a todos os contingentes no terreno – têm sido destacados. “Tenho recebido elogios às nossas forças das chefias romenas mas também dos militares dos outros países e do comando da Divisão Multinacional Sudeste aqui na Roménia. Têm tido um comportamento operacional de grande craveira – e para isso ajuda a preparação ainda em Portugal e também os equipamentos com que eles estão dotados”, afirma António Silva Ribeiro.
A presença dos portugueses na Roménia, que tem uma longa linha de fronteira com a Ucrânia em guerra, “é um contributo de grande competência e solidariedade no sentido
VIATURAS BLINDADAS PANDUR LIDERARAM MOVIMENTO OFENSIVO
EXERCÍCIO DA NATO ENVOLVE 1800 MILITARES DE OITO PAÍSES
de garantir a paz e tranquilidade”. Tranquilidade que o CEMGFA quer passar para as famílias dos militares. “As circunstâncias na Roménia são de grande paz. Estão intimamente ligadas àquilo que é postura da Aliança de dissuadir qualquer ação adversa no território da NATO.”n