“Vou à Ucrânia no momento certo”
QUESTÃO “Pode salvar todas as crianças que estão a sofrer?”, perguntou Sachar, um menino refugiado ucraniano, ao Papa Francisco GUERRA Líder da Igreja Católica demonstrou vontade em fazer a viagem e vai reunir-se com Governo ucraniano
Pode ir à Ucrânia para salvar todas as crianças que estão a sofrer agora?”. A pergunta foi feita ao Papa Francisco por um menino refugiado ucraniano chamado Sachar, ontem, durante um encontro com um grupo de jovens, no Vaticano. A resposta veio logo de seguida. “Não é fácil tomar uma decisão que pode fazer mais mal do que bem ao resto do Mundo. Tenho de encontrar o momento certo para fazê-lo. Gostava de ir à Ucrânia”, disse o líder da Igreja Católica.
Este é o reiterar da pretensão do Papa Francisco, em visitar o país que está em guerra há mais de 100 dias. Durante a reunião, que decorreu no pátio de San Damaso perante 160 crianças, o Sumo Pontífice salientou que, neste momento, a situação “não é segura” e anunciou que, na próxima semana, vai reunir-se com representantes do Governo ucraniano, com quem, entre outras coisas, discutirá a possibilidade da viagem. “Vou receber representantes do Governo ucraniano, que virão aqui para conversar e falar até de uma eventual visita minha lá. Vamos ver o que acontece”, descreveu durante a sessão de perguntas e respostas com meninos refugiados e portadores de deficiência.
Tanto o Presidente da Ucrânia,
Volodymyr Zelensky, como o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, convidaram o Papa a visitar o país uma viagem que Francisco referiu, em várias ocasiões, estar disposto a fazer como forma de ajudar a acabar com a guerra, que começou a 24 de fevereiro. Desde essa altura, o líder da Igreja Católica fez vários apelos para que o conflito acabasse e mostrou a sua disposição de “fazer tudo o possível” para ajudar a resolver a guerra. Chegou, até, a enviar vários cardeais para mostrar a sua proximidade com o povo ucraniano.
Já em maio, Francisco, de 85 anos - e que atualmente anda numa cadeira de rodas devido a dores no joelho -, referiu-se à invasão da Rússia à Ucrânia como “cruel e sem sentido” e disse que a dimensão da guerra “ameaça o Mundo inteiro”.n
PAPA DIZ QUE A SITUAÇÃO NA UCRÂNIA “NÃO É SEGURA” NESTE MOMENTO