Mata a ‘ex’ e confessa o crime aos filhos
TRAGÉDIA Mulher, de 51 anos, baleada na cabeça, esteve horas a lutar pela vida, mas acabou por morrer DETIDO Homicida tentou pôr termo à vida por duas vezes, mas sobreviveu e entregou-se
Deu um tiro na cabeça da mulher, de 51 anos, num carro, foi para casa, em Escariz, Arouca, confessou o crime aos filhos e tentou suicidar-se à frente das crianças. Um problema na arma, porém, impediu o disparo. Fugiu e esteve durante cerca de 12 horas refugiado numa escola básica, mas acabou por se entregar às autoridades. A mulher viria a morrer, após várias horas em sofrimento e a lutar pela vida no Hospital de Vila Nova de Gaia. Celestina Ferreira é a quinta vítima mortal de violência doméstica este ano. Tinha 51 anos.
HOMICIDA REFUGIOU-SE, DURANTE 12 HORAS, NUMA ESCOLA BÁSICA
“A arma não encravou para ela e encravou para mim”, disse Adriano Campos após balear a ex-companheira e tentar o suicídio à frente dos seis filhos uns do casal e outros de relações anteriores.
Adriano Campos e Celestina Ferreira estavam separados há cerca de um mês, após 20 anos juntos, mas mantinham encontros ocasionais. Foi no final de um desses encontros, ontem, ao início da madrugada, que o homem emboscou a vítima, no carro, à porta da residência onde o casal viveu, no largo da Igreja de Escariz.
“Estava à janela à espera da minha filha que estava a chegar da Suíça. Foi quando ouvi os gritos de pedido de ajuda e alguém a dizer que o pai tinha matado a mãe”, contou, ao CM, Manuel Campos, antigo vizinho do casal. Celestina ainda foi levada ao hospital e esteve ligada a um ventilador, mas acabaria por não resistir.
A família avisou a GNR do local onde o homem estava escondido. Adriano Campos acabou por se entregar à Polícia Judiciária do Porto.
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