Uma nobre missão
Que se passa, se na anterior década de 90 os candidatos à PSP andavam na ordem dos 15 000 e, atualmente, é difícil preencher as vagas?
Ainda que se alarguem os requisitos de ingresso; se acene com um subsídio de risco (que envergonha todos); se fale de um esforço financeiro, que mais não é que a devolução de verbas indevidamente cortadas durante anos e se propalam programas de apoio social que redundam num varrer para debaixo do tapete das autarquias.
Que se passa, então, com a falta de candidatos, com
FALTA DE CANDIDATOS POR DESCONHECEREM O QUE É E, SOBRETUDO, O QUE TEM SIDO A PSP
a falta de motivação por sentimento de destrate e de menorização (ainda que com um alargamento de competências à vista)?
Talvez a questão esteja no desconhecimento do que é e, sobretudo, tem sido a PSP. A polícia, que evitou o fenómeno de disputas territoriais de grupos criminosos, combateu a venda direta de droga, investigou e logrou fazer punir organizações que, por toda a Europa, se dedicavam ao furto e ao roubo. A polícia que conhece a rua, que não fica na secretária, que faz buscas, operações de risco. A polícia que, tantas vezes, tem dado a sua própria vida em prol da justiça. Esta polícia que não quer mais – mas também não aceita menos – que as outras.n