Correio da Manhã Weekend

Uma nobre missão

- SEGURANÇA INTERNA Rui Amaral

Que se passa, se na anterior década de 90 os candidatos à PSP andavam na ordem dos 15 000 e, atualmente, é difícil preencher as vagas?

Ainda que se alarguem os requisitos de ingresso; se acene com um subsídio de risco (que envergonha todos); se fale de um esforço financeiro, que mais não é que a devolução de verbas indevidame­nte cortadas durante anos e se propalam programas de apoio social que redundam num varrer para debaixo do tapete das autarquias.

Que se passa, então, com a falta de candidatos, com

FALTA DE CANDIDATOS POR DESCONHECE­REM O QUE É E, SOBRETUDO, O QUE TEM SIDO A PSP

a falta de motivação por sentimento de destrate e de menorizaçã­o (ainda que com um alargament­o de competênci­as à vista)?

Talvez a questão esteja no desconheci­mento do que é e, sobretudo, tem sido a PSP. A polícia, que evitou o fenómeno de disputas territoria­is de grupos criminosos, combateu a venda direta de droga, investigou e logrou fazer punir organizaçõ­es que, por toda a Europa, se dedicavam ao furto e ao roubo. A polícia que conhece a rua, que não fica na secretária, que faz buscas, operações de risco. A polícia que, tantas vezes, tem dado a sua própria vida em prol da justiça. Esta polícia que não quer mais – mas também não aceita menos – que as outras.n

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