FAMÍLIAS VIVEM EM ANEXOS SEM CONDIÇÕES
Numa das principais avenidas do Cacém, em Sintra, há uma vivenda que alberga idosos, crianças e imigrantes em condições deploráveis. Trata-se de um negócio de subarrendamento de espaços exíguos a 500 euros ao mês.
Numa investigação da revista ‘Sábado’, o gestor deste “condomínio clandestino”, Elias Florentino de 50 anos e nacionalidade brasileira, confirmou que este esquema dura “há muitos anos”.
A garagem, por exemplo, foi dividida em vários quartos, separados por paredes de pladur. Cerca de oito pessoas vivem nesta garagem.
A ‘Investigação Sábado’ não conseguiu apurar ao certo quantas famílias ou pessoas vivem nestes 10 anexos pré-fabricados e sem qualquer tipo de condições.
Confrontado pela ‘Sábado’, o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, disse desconhecer a existência das referidas construções ilegais, e ignorar as condições em que vivem as pessoas que ali moram, mas admite ter recebido uma denúncia em janeiro deste ano de risco de incêndio naquela moradia. A verdade é que nada foi feito até ao momento, já que, segundo a autarquia, os serviços de fiscalização não têm conseguido notificar os proprietários.
Na sequência da ‘Investigação Sábado’, o autarca reconheceu a gravidade da situação e disse que irá participar ao Ministério Público.n