Tutela de bebé baleado por irmão investigada
ALTA Bebé de 21 meses, hospitalizado por ter sido baleado pelo irmão com a arma do pai, teve alta INQUÉRITO Comissão de Proteção de Jovens e Ministério Público averiguam custódia das crianças
AComissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Setúbal e o Ministério Público (MP) investigam a tutela do menino de 21 meses baleado no ombro pelo irmão, de sete anos, com a arma do pai, militar da GNR. Enquanto a diligência da CPCJ estiver a decorrer, o MP poderá agir se recolher prova que ligue o exercício da tutela das duas crianças ao incidente ocorrido na passada quinta-feira.
Tal como o CM noticiou ontem, o bebé de 21 meses foi atingido ao colo do pai, na sala de casa em Setúbal. O autor do disparo foi o irmão mais velho, que carregou pelo menos uma vez no gatilho da pistola, 6.35 mm, com a qual entrou na divisão. Aterrorizado, o pai conduziu o filho ferido no ombro até ao Hospital de Setúbal, onde o menor foi assistido. Diversas fontes disseram ao CM que o bebé esteve internado pelo menos duas noites e teve ontem alta.
A investigação foi aberta mal se soube da ocorrência - isto após a entrada do menor no hospital. Além da apreensão da arma, e da recolha do invólucro da munição disparada (diligências feitas na casa do militar da GNR), o menor autor do disparo foi alvo de um teste de vestígios de pólvora nas mãos. Em causa, no entanto, soube o CM
PORMENORES
Julgado por dois crimes
Ofensas à integridade física negligente e exposição ao abandono são os dois crimes que, em abstrato, podem levar o militar da GNR a julgamento pelo acidente de quinta-feira.
Regressaram a casa
Desde ontem que o casal e os dois filhos regressaram à mesma casa em Setúbal onde, na quinta-feira, o filho de 21 meses foi baleado pelo irmão.
GNR acompanha inquérito
A GNR acompanha a investigação da PSP de Setúbal, ponderando depois eventuais medidas disciplinares. junto de fontes judiciais, pode estar agora a conduta negligente dos progenitores dos dois menores.
A PSP informou o MP, nas horas que se seguiram ao incidente, do teor do depoimento do militar da GNR. Este admitiu ter guardado a arma pessoal na gaveta de um móvel de casa. A mesma estava municiada e destravada, podendo assim ser usada pelo menor. A CPCJ já está a averiguar se existem indícios de negligência na conduta dos pais das crianças. O MP poderá intervir igualmente na investigação da tutela dos dois menores. Qualquer decisão sobre a custódia terá, no entanto, de ser tomada por um juiz do Tribunal de Família e Menores.n
DECISÃO SOBRE CUSTÓDIA DOS IRMÃOS TOMADA SÓ POR JUIZ DE FAMÍLIA