Correio da Manhã Weekend

Portugal treina enfermeiro­s militares na Guiné-Bissau

AJUDA  Ficam ainda capacitado­s para ajudar a população civil, incluindo em suporte básico de vida pediátrico

- SÉRGIO A. VITORINO

Portugal termina esta semana a formação de 36 enfermeiro­s militares da Guiné-Bissau na área da emergência pré-hospitalar, trauma e socorrismo em combate, já após ter ajudado a beneficiar as infraestru­turas dos centros de saúde de Exército, Marinha e Força Aérea guineenses, equipando-os ainda com material doado pelas Forças Armadas e por hospitais, bombeiros e misericórd­ias portuguesa­s. A formação destes enfermeiro­s guineenses irá beneficiar a população civil - que correspond­e a 90% das pessoas atendidas nos centros de saúde militares -, principalm­ente crianças.

“Está a ser espetacula­r. Estão com muita vontade de aprender. Tínhamos previsto deixar 12 formadores locais certificad­os e já vamos em 15”, afirma ao CM a coronel médica Maria Salazar, diretora da Unidade de Ensino, Formação e Investigaç­ão da Saúde Militar. A missão de treino - formada por cinco enfermeiro­s e uma socorrista é muito elogiada pelo Dr. Quinhin Nantote, comandante de Mar e Guerra e Chefe da Divisão dos Serviços de Saúde Militar da Guiné-Bissau. “É inédito no nosso país e está a ser acolhido com grande entusiasmo. A adesão foi imediata”, diz.

“Assisti muitas vezes à formação prática e os jovens estão com vontade de aprender. Os portuguese­s têm disponibil­idade total e toda a vontade para ajudar. Precisamos, de Portugal, por ser uma formação nova, de assistênci­a por tempo suficiente para termos domínio da matéria. Não é fácil. O desmame não se faz precoce, senão o menino fica desnutrido”, afirma Quinhin Nantote. Destaca que “esta formação não vai caber apenas nas Forças Armadas. O nosso país tem, por exemplo, problemas ligados a catástrofe­s. É muito importante beneficiar a população, que é muito jovem”. Mas “vai levar tempo a levar esta ajuda a todos os pontos do país. O acesso a muitas cidades da Guiné-Bissau, principalm­ente na época das chuvas, é difícil. Vamos começar em Bissau e aos poucos chegar a outras cidades”, explica. A equipa portuguesa dá ainda formação complement­ar no uso de desfibrilh­adores e no suporte básico de vida pediátrico - “por ser um país com muitas crianças”, afirma Maria Salazar.n

PORMENORES

INFRAESTRU­TURAS FORAM MELHORADAS E EQUIPADAS

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2 1 Militares portuguese­s junto de uma das equipas de enfermeiro­s guineenses já formados 2 Momento de formação 3 Crianças vão poder ser ajudadas
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